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sábado, 19 de julho de 2014

Caímos que nem patinhos...


SEM QUERER aqui discutir as virtudes ou defeitos da controversa adesão da Guiné Equatorial como membro de pleno direiro da CPLP, não posso deixar de notar as ausências dos presidentes José Eduardo dos Santos e Dilma Rousseff da cimeira de Díli, a reunião de chefes de Estado que irá "sacramentar" formalmente a entrada daquele país africano no universo lusófono e na qual, na prática, Cavaco Silva irá fazer as honras da casa. Curioso, para não dizer sintomático, especialmente se tivermos em conta que, ao invés de Angola (grande entusiasta) e do Brasil (que nunca se opôs), Portugal foi quem, ao longo dos anos, mais entraves colocou às pretensões do regime de Teodoro Obiang
Não sejamos ingénuos ao ponto de supor que essas duas ausências são fruto do acaso ou de alguma agenda sobrecarregada por parte de algum desses dois presidentes - claro que não, elas foram óbvia e estrategicamente planeadas de forma a que Portugal ficasse exposto, refém e com o chamado "odioso" de todo este processo que, ou muito me engano, ainda irá fazer correr muita tinta. É o que dá entregarmos o comando do palácio das Necessidades a anciões cuja única preocupação é fazer pela vidinha e a políticos de terceira ou quarta linha cujo seu horizonte, por muito carimbo que já possam mostrar no passaporte, não passa de Vilar Formoso...

1 comentário:

FranciscoB disse...

CPLP - Cartel dos Países Lusófonos Petrolíferos...

Infelizmente, não nos podemos dar ao luxo de saltar deste comboio em andamento...

Desde que vi um porco (Moçambique) a andar de bicicleta (Commonwealth)...