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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

É verdade, sim senhor!

NUNCA NA minha vida pensei em assinar por baixo e sem reservas uma declaração do socialista Capoulas Santos... Mas de facto, também eu acho que Cavaco Silva "não olha a meios para atingir os fins". Ao longo dos anos a forma como ele tem "usado" apoiantes, colaboradores e amigos e a ligeireza com que, quando mais lhe convém, se descarta deles demonstra bem a razão que assiste ao antigo ministro da Agricultura. A última "vítima" desta verdadeira "política do kleenex" chama-se Fernando Faria de Oliveira e é presidente da Caixa Geral de Depósitos...

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Menos que os outros...

INDEPENDENTEMENTE DE considerar o homem um pateta, não consigo entender as razões que justificaram a marginalização do candidato José Manuel Coelho dos debates televisivos que opuseram os candidatos à Presidência da República. Só um verdadeiro conluio entre as estações de televisão e as outras cinco candidaturas é que pôde conduzir a esta situação onde objectivamente existe um candidato que "é menos candidato" que os outros.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Foi pena...

COMO SERIA previsível(até porque este País é de facto muito pequeno e é tudo amigo e primo uns dos outros...), Manuel Alegre perdeu, no decurso do debate que o opôs esta noite a Cavaco Silva, a oportunidade em pôr o actual Presidente da República na ordem... Exemplos? Aqui ficam alguns: o episódio da ausência de resposta, por parte de Cavaco, ao presidente checo (lançou o tema e depois ficou nas "covas"...); deixar o seu oponente insistir na bacoca, parola e imbecil tese que tudo o que seja (re)afirmar, no momento e local certo, as razões que assistem a Portugal é "um insulto"...; escalpelizar melhor e mais detalhadamente o envolvimento de Cavaco Silva no "dossier SLN/BPN" sem deixá-lo fugir para aquele recorrente e desculpabilizante "veja o site da Presidência, veja, veja!"; e finalmente pegar como deve ser no "folhetim das escutas", sem pessoalizar, mas enquandrando-o temporal e politicamente. Foi a chamada oportunidade perdida...

O sem-vergonha

A LEITURA do"Todos os Portos a Que Cheguei", o livro em que Vasco Rocha Vieira, último governador em Macau e a quem já chamaram "o mais civil dos nossos militares", recorda com detalhe, entre outras coisas, a sua passagem por aquele território, conduz-nos a uma óbvia conclusão sobre o carácter e personalidade de Jorge Sampaio... De facto, mais uma vez, o relato das "trapalhadas", mentirolas e falsidades a que o antigo Presidente da República recorreu ao longo dos seus mandatos, comprovam quem de facto está por detrás daquele ar de menino sonso e aplicadinho com que ele teimou, durante alguns anos, tentar enganar-nos. Os ardis e manhas a que Sampaio deitou mão nos últimos anos da soberania portuguesa em Macau ficaram bem à vista de todos nesta obra escrita pelo jornalista Pedro Vieira e só vêm confirmar as acusações que, sem resposta, Pedro Santana Lopes já tinha deixado em letra de forma no seu livro "Percepções e Realidades" e em que, com uma minúcia factual arrasadora, nos contou a forma ignóbil e rasteira usada por Sampaio para, em 2004, dissolver a Assembleia da República onde existia uma maioria parlamentar clara.
E mais uma vez, perante as acusações frontais e directas (agora de Rocha Vieira), o antigo Presidente fica calado. Duvido que seja por vergonha, porque começo a perceber que isso é coisa que não falta ao sujeito em causa...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Triste...

SOU CAPAZ de ser muito "ignorante" em matéria de "famosos", mas a verdade é que ontem fiquei de boca-aberta quando vi o "Diário de Notícias" anunciar com aparente garbo e honra que uma "equipa de luxo" iria editar a edição de amanhã, quarta-feira. Edição essa que o jornal classifica, desde já, como (pasme-se!) "histórica" - presume-se que pelo "naipe" de "personalidades" eleitas para coordenar o "DN" de amanhã... E que, para além de Gonçalo M. Tavares, da fadista Carminho e da TVgirl Sílvia Alberto (estes três, acredito que minimamente conhecidos, embora no meu entender para atingirem o estatuto de "personalidades" ainda lhes falte, no mínimo, muito percurso de vida), as outras luminárias dão pelos nomes de Sofia Reboleira (é Reboleira mesmo, não é gralha...), João Silva, Filipa Guimarães, Paula Monteiro, Eduardo Melo e Ricardo VIcente. De facto, começa a ser triste andar por cá...

domingo, 26 de dezembro de 2010

O cabelo alvoraçado de Sócrates

SURPREENDENTE A aparição televisiva de José Sócrates na tradicional "Mensagem de Natal", com um olhar ensonado e o cabelo num "alvoroço", como quem foi apanhado a dormir... Falta de pente, espelho, ou de assessores atentos?

O livro de Conceição Monteiro

CHAMA-SE "A Confidente de Sá Carneiro" e é porventura o mais genuíno livro que alguma vez foi escrito sobre o antigo primeiro-ministro. Uma visão íntima e verdadeira de alguém que de facto partilhou tempo e espaço com Sá Carneiro e que não precisa de evocar (e invocar) alegadas cumplicidades, para fingir-se íntima e protagonista de uma época da qual o primeiro líder do PSD foi figura cimeira. Conceição Monteiro, sua colaboradora dedicada, conta-nos com um despretensiosismo e pureza notáveis como era o homem com quem trabalhou e a quem ainda hoje dedica uma natural e ternurenta devoção, ao mesmo tempo que o leitor percebe a importância que a própria Conceição Monteiro possuiu no dia-a-dia de Sá Carneiro. Uma obra a não perder!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Sem bolo-rei que o salvasse...

COM ALGUMA pena perdi o debate televisivo que opôs Cavaco Silva a um pelos vistos surpreendente Defensor de Moura e onde, segundo me contam unanimemente, o antigo presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo disse a (e de) Cavaco o que Maomé não disse ao (e do) toucinho... E como desta vez (e apesar da quadra natalícia) não houve qualquer fatia de bolo-rei que o ajudasse a "driblar" as críticas e esconder-se das acusações que Defensor de Moura lhe dirigiu, parece que o sr. Aníbal António revelou-se na sua verdadeira dimensão, ou seja, proferindo atabalhoadamente frases sem nexo e idiotas, estilo "para serem mais honestos que eu têm de nascer duas vezes" ou "o senhor não merece mais respostas da minha parte"... Enfim, uma tristeza, bem coerente com quem, num possível assomo de sinceridade, ainda teve tempo de largar esta "pérola" que define bem o modo como se tem em grande conta a si próprio: "Serei sempre um Presidente acima dos portugueses". Como diz um amigo meu, de facto "o homem não se mede...". Nem um bocadinho, adianto eu!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O meu (não) voto

NUNCA, ATÉ hoje, deixei de votar. Neste, naquele, no outro, com maior ou menor convicção, em branco, mas sempre (sem excepção) votei... Mais: sempre considerei as eleições presidenciais um pouco como "a mãe de todas as eleições", aquelas em que mais obrigado me sentia em comparecer e expressar o meu voto. Votei Eanes contra Soares Carneiro; Salgado Zenha na primeira volta das eleições de 1985, contra Soares, Pintasilgo e Freitas do Amaral; branco na segunda volta, quando Soares foi pela primeira vez eleito; branco, cinco anos mais tarde; Cavaco quando este perdeu para Sampaio; branco na reeleição deste último, em 2001; e Soares há cinco anos, preferindo-o obviamente a Cavaco e a Alegre e talvez até em jeito de alguma "revolta" pela forma como vi o País tratar alguém a quem - quer se queira quer não... - devemos alguma coisa.
Vem tudo isto a propósito das próximas eleições, quando a 23 de Janeiro, se enfrentarem nas urnas Cavaco Silva, Manuel Alegre, Fernando Nobre, Francisco Lopes e um tal de Defensor de Moura. Aí, pela primeira vez na minha vida, vou abster-me, não vou sequer exercer o meu direito de voto... E faço-o na iminência da vitória de Cavaco, pelo seu desempenho nos últimos anos, tanto enquanto Presidente, quanto auto-intitulada "referência moral" do nosso País (para mim, para ser referência de qualquer coisa, porventura sê-lo-á lá do Poço de Boliqueime ou da Travessa do Possolo...) e onde colocou descarada e ardilosamente os seus interesses e ambições políticos à frente do compromisso que possuía perante quem nele confiou. Eu sou um dos que "torce" para que na noite do dia 23 de Janeiro, o prof. Cavaco não possua a legitimidade de se arvorar em "presidente de todos os portugueses", sou um dos que anseia que mais de metade dos portugueses com capacidade eleitoral (e muitos deles naturais eleitores do próprio Cavaco) saibam desta forma expressar inequivocamente o seu desagrado quanto à actuação matreira de quem, objectivamente, defraudou quem nele depositou alguma esperança.

Pergunta com pergunta se paga...

INDEPENDENTEMENTE DE até poder perceber o "receio" mostrado pelo líder do PSD acerca de uma suposta eleição de Manuel Alegre ("o que seria se Manuel Alegre fosse eleito Presidente?"), não resisto a colocar, também eu, uma questão: o que seria de nós se alguma dia Passos Coelho chegasse a primeiro-ministro?

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mais depressa se apanha um mentiroso...

CONFESSO QUE estou "mortinho" por ler o "Todos os Portos a Que Cheguei", uma obra de contornos memorialistas do general Vasco Rocha Vieira e escrita pelo jornalista Pedro Vieira, alguém que muito prezo até pelo facto dos muitos anos de convivência com alguns "artistas da pena" no semanário "O Jornal" e mais tarde na "Visão" não terem (nem ao de leve) influenciado a sua isenção, nobreza de carácter e talento - bem antes pelo contrário. Mas não é só pela garantia de ser um livro bem escrito que estou ansioso em ler o relato da passagem de Rocha Vieira por Macau... É também por já ter percebido que finalmente começa a descobrir-se de que "massa" é feito o dr. Jorge Sampaio, esse verdadeiro prodígio do cinismo e da falsidade, que ao longo de dez anos em Belém, entre fungadelas e emoções encenadas ao milímetro, conseguiu enganar tudo e todos, recorrendo aos ardis mais mesquinhos, não hesitando em mentir e falsear a verdade quando isso lhe dava jeito, pouco ou nada se importando com as consequências que dai pudessem advir para Portugal e para os portugueses. Já diz o povo que... "mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo". E já era hora para que a verdade começasse a vir ao de cima e o verdadeiro dr. Sampaio finalmente fosse revelado!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

TIrem-me daqui!

ISTO BATEU mesmo no fundo! Ligo a TV e deparo, na SIC-Notícias, com um debate sobre "Portugal 2011" onde duas "luminárias" e verdadeiros paradigmas da mediocridade, como o cada dia mais "anafadinho" Joaquim Ferreira do Amaral e aquele médico Daniel que a partir do momento que o mano Jorge deixou o palácio de Belém regressou à sua óbvia insignificância, botam faladura... Ao que isto chegou, já para não falar de outro participante, futuro e anunciado director de semanário e também "mano" (mas do Costa) que referindo-se aos eleitores de um partido chama-lhes "a malta do CDS". Tirem-me daqui!