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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

É verdade, sim senhor!

NUNCA NA minha vida pensei em assinar por baixo e sem reservas uma declaração do socialista Capoulas Santos... Mas de facto, também eu acho que Cavaco Silva "não olha a meios para atingir os fins". Ao longo dos anos a forma como ele tem "usado" apoiantes, colaboradores e amigos e a ligeireza com que, quando mais lhe convém, se descarta deles demonstra bem a razão que assiste ao antigo ministro da Agricultura. A última "vítima" desta verdadeira "política do kleenex" chama-se Fernando Faria de Oliveira e é presidente da Caixa Geral de Depósitos...

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Menos que os outros...

INDEPENDENTEMENTE DE considerar o homem um pateta, não consigo entender as razões que justificaram a marginalização do candidato José Manuel Coelho dos debates televisivos que opuseram os candidatos à Presidência da República. Só um verdadeiro conluio entre as estações de televisão e as outras cinco candidaturas é que pôde conduzir a esta situação onde objectivamente existe um candidato que "é menos candidato" que os outros.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Foi pena...

COMO SERIA previsível(até porque este País é de facto muito pequeno e é tudo amigo e primo uns dos outros...), Manuel Alegre perdeu, no decurso do debate que o opôs esta noite a Cavaco Silva, a oportunidade em pôr o actual Presidente da República na ordem... Exemplos? Aqui ficam alguns: o episódio da ausência de resposta, por parte de Cavaco, ao presidente checo (lançou o tema e depois ficou nas "covas"...); deixar o seu oponente insistir na bacoca, parola e imbecil tese que tudo o que seja (re)afirmar, no momento e local certo, as razões que assistem a Portugal é "um insulto"...; escalpelizar melhor e mais detalhadamente o envolvimento de Cavaco Silva no "dossier SLN/BPN" sem deixá-lo fugir para aquele recorrente e desculpabilizante "veja o site da Presidência, veja, veja!"; e finalmente pegar como deve ser no "folhetim das escutas", sem pessoalizar, mas enquandrando-o temporal e politicamente. Foi a chamada oportunidade perdida...

O sem-vergonha

A LEITURA do"Todos os Portos a Que Cheguei", o livro em que Vasco Rocha Vieira, último governador em Macau e a quem já chamaram "o mais civil dos nossos militares", recorda com detalhe, entre outras coisas, a sua passagem por aquele território, conduz-nos a uma óbvia conclusão sobre o carácter e personalidade de Jorge Sampaio... De facto, mais uma vez, o relato das "trapalhadas", mentirolas e falsidades a que o antigo Presidente da República recorreu ao longo dos seus mandatos, comprovam quem de facto está por detrás daquele ar de menino sonso e aplicadinho com que ele teimou, durante alguns anos, tentar enganar-nos. Os ardis e manhas a que Sampaio deitou mão nos últimos anos da soberania portuguesa em Macau ficaram bem à vista de todos nesta obra escrita pelo jornalista Pedro Vieira e só vêm confirmar as acusações que, sem resposta, Pedro Santana Lopes já tinha deixado em letra de forma no seu livro "Percepções e Realidades" e em que, com uma minúcia factual arrasadora, nos contou a forma ignóbil e rasteira usada por Sampaio para, em 2004, dissolver a Assembleia da República onde existia uma maioria parlamentar clara.
E mais uma vez, perante as acusações frontais e directas (agora de Rocha Vieira), o antigo Presidente fica calado. Duvido que seja por vergonha, porque começo a perceber que isso é coisa que não falta ao sujeito em causa...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Triste...

SOU CAPAZ de ser muito "ignorante" em matéria de "famosos", mas a verdade é que ontem fiquei de boca-aberta quando vi o "Diário de Notícias" anunciar com aparente garbo e honra que uma "equipa de luxo" iria editar a edição de amanhã, quarta-feira. Edição essa que o jornal classifica, desde já, como (pasme-se!) "histórica" - presume-se que pelo "naipe" de "personalidades" eleitas para coordenar o "DN" de amanhã... E que, para além de Gonçalo M. Tavares, da fadista Carminho e da TVgirl Sílvia Alberto (estes três, acredito que minimamente conhecidos, embora no meu entender para atingirem o estatuto de "personalidades" ainda lhes falte, no mínimo, muito percurso de vida), as outras luminárias dão pelos nomes de Sofia Reboleira (é Reboleira mesmo, não é gralha...), João Silva, Filipa Guimarães, Paula Monteiro, Eduardo Melo e Ricardo VIcente. De facto, começa a ser triste andar por cá...

domingo, 26 de dezembro de 2010

O cabelo alvoraçado de Sócrates

SURPREENDENTE A aparição televisiva de José Sócrates na tradicional "Mensagem de Natal", com um olhar ensonado e o cabelo num "alvoroço", como quem foi apanhado a dormir... Falta de pente, espelho, ou de assessores atentos?

O livro de Conceição Monteiro

CHAMA-SE "A Confidente de Sá Carneiro" e é porventura o mais genuíno livro que alguma vez foi escrito sobre o antigo primeiro-ministro. Uma visão íntima e verdadeira de alguém que de facto partilhou tempo e espaço com Sá Carneiro e que não precisa de evocar (e invocar) alegadas cumplicidades, para fingir-se íntima e protagonista de uma época da qual o primeiro líder do PSD foi figura cimeira. Conceição Monteiro, sua colaboradora dedicada, conta-nos com um despretensiosismo e pureza notáveis como era o homem com quem trabalhou e a quem ainda hoje dedica uma natural e ternurenta devoção, ao mesmo tempo que o leitor percebe a importância que a própria Conceição Monteiro possuiu no dia-a-dia de Sá Carneiro. Uma obra a não perder!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Sem bolo-rei que o salvasse...

COM ALGUMA pena perdi o debate televisivo que opôs Cavaco Silva a um pelos vistos surpreendente Defensor de Moura e onde, segundo me contam unanimemente, o antigo presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo disse a (e de) Cavaco o que Maomé não disse ao (e do) toucinho... E como desta vez (e apesar da quadra natalícia) não houve qualquer fatia de bolo-rei que o ajudasse a "driblar" as críticas e esconder-se das acusações que Defensor de Moura lhe dirigiu, parece que o sr. Aníbal António revelou-se na sua verdadeira dimensão, ou seja, proferindo atabalhoadamente frases sem nexo e idiotas, estilo "para serem mais honestos que eu têm de nascer duas vezes" ou "o senhor não merece mais respostas da minha parte"... Enfim, uma tristeza, bem coerente com quem, num possível assomo de sinceridade, ainda teve tempo de largar esta "pérola" que define bem o modo como se tem em grande conta a si próprio: "Serei sempre um Presidente acima dos portugueses". Como diz um amigo meu, de facto "o homem não se mede...". Nem um bocadinho, adianto eu!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O meu (não) voto

NUNCA, ATÉ hoje, deixei de votar. Neste, naquele, no outro, com maior ou menor convicção, em branco, mas sempre (sem excepção) votei... Mais: sempre considerei as eleições presidenciais um pouco como "a mãe de todas as eleições", aquelas em que mais obrigado me sentia em comparecer e expressar o meu voto. Votei Eanes contra Soares Carneiro; Salgado Zenha na primeira volta das eleições de 1985, contra Soares, Pintasilgo e Freitas do Amaral; branco na segunda volta, quando Soares foi pela primeira vez eleito; branco, cinco anos mais tarde; Cavaco quando este perdeu para Sampaio; branco na reeleição deste último, em 2001; e Soares há cinco anos, preferindo-o obviamente a Cavaco e a Alegre e talvez até em jeito de alguma "revolta" pela forma como vi o País tratar alguém a quem - quer se queira quer não... - devemos alguma coisa.
Vem tudo isto a propósito das próximas eleições, quando a 23 de Janeiro, se enfrentarem nas urnas Cavaco Silva, Manuel Alegre, Fernando Nobre, Francisco Lopes e um tal de Defensor de Moura. Aí, pela primeira vez na minha vida, vou abster-me, não vou sequer exercer o meu direito de voto... E faço-o na iminência da vitória de Cavaco, pelo seu desempenho nos últimos anos, tanto enquanto Presidente, quanto auto-intitulada "referência moral" do nosso País (para mim, para ser referência de qualquer coisa, porventura sê-lo-á lá do Poço de Boliqueime ou da Travessa do Possolo...) e onde colocou descarada e ardilosamente os seus interesses e ambições políticos à frente do compromisso que possuía perante quem nele confiou. Eu sou um dos que "torce" para que na noite do dia 23 de Janeiro, o prof. Cavaco não possua a legitimidade de se arvorar em "presidente de todos os portugueses", sou um dos que anseia que mais de metade dos portugueses com capacidade eleitoral (e muitos deles naturais eleitores do próprio Cavaco) saibam desta forma expressar inequivocamente o seu desagrado quanto à actuação matreira de quem, objectivamente, defraudou quem nele depositou alguma esperança.

Pergunta com pergunta se paga...

INDEPENDENTEMENTE DE até poder perceber o "receio" mostrado pelo líder do PSD acerca de uma suposta eleição de Manuel Alegre ("o que seria se Manuel Alegre fosse eleito Presidente?"), não resisto a colocar, também eu, uma questão: o que seria de nós se alguma dia Passos Coelho chegasse a primeiro-ministro?

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mais depressa se apanha um mentiroso...

CONFESSO QUE estou "mortinho" por ler o "Todos os Portos a Que Cheguei", uma obra de contornos memorialistas do general Vasco Rocha Vieira e escrita pelo jornalista Pedro Vieira, alguém que muito prezo até pelo facto dos muitos anos de convivência com alguns "artistas da pena" no semanário "O Jornal" e mais tarde na "Visão" não terem (nem ao de leve) influenciado a sua isenção, nobreza de carácter e talento - bem antes pelo contrário. Mas não é só pela garantia de ser um livro bem escrito que estou ansioso em ler o relato da passagem de Rocha Vieira por Macau... É também por já ter percebido que finalmente começa a descobrir-se de que "massa" é feito o dr. Jorge Sampaio, esse verdadeiro prodígio do cinismo e da falsidade, que ao longo de dez anos em Belém, entre fungadelas e emoções encenadas ao milímetro, conseguiu enganar tudo e todos, recorrendo aos ardis mais mesquinhos, não hesitando em mentir e falsear a verdade quando isso lhe dava jeito, pouco ou nada se importando com as consequências que dai pudessem advir para Portugal e para os portugueses. Já diz o povo que... "mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo". E já era hora para que a verdade começasse a vir ao de cima e o verdadeiro dr. Sampaio finalmente fosse revelado!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

TIrem-me daqui!

ISTO BATEU mesmo no fundo! Ligo a TV e deparo, na SIC-Notícias, com um debate sobre "Portugal 2011" onde duas "luminárias" e verdadeiros paradigmas da mediocridade, como o cada dia mais "anafadinho" Joaquim Ferreira do Amaral e aquele médico Daniel que a partir do momento que o mano Jorge deixou o palácio de Belém regressou à sua óbvia insignificância, botam faladura... Ao que isto chegou, já para não falar de outro participante, futuro e anunciado director de semanário e também "mano" (mas do Costa) que referindo-se aos eleitores de um partido chama-lhes "a malta do CDS". Tirem-me daqui!

domingo, 21 de novembro de 2010

Na mouche...

"Há algumas semanas, tive ocasião de dizer, a um membro do Governo, que eles fazem as coisas e utilizam o dinheiro como querem e lhes apetece e depois mandam-nos a factura - a nós, portugueses, que não fomos chamados rigorosamente para nada"

Alexandre Soares dos Santos

sábado, 20 de novembro de 2010

Palhaçadas

INDEPENDENTEMENTE DA opinião que cada um possa ter acerca do envolvimento, ou não, de Carlos Cruz no famigerado "processo Casa Pia", o relato que o Correio da Manhã de hoje faz acerca de um suposto "mau-estar" ou "constrangimento" que a sua presença numa peça de teatro na escola que a sua filha mais nova frequenta poderá ter causado junto de outros pais revela bem o jeito mesquinho, pulha e acanalhado que caracteriza o típico "portuguesinho", sempre célere em apontar o dedo a tudo e nada, muitas vezes esquecendo ou tentando esconder as debilidades e fraquezas de carácter. Porque não me espantaria nada que os "paizinhos" alegadamente incomodados fossem exactamente os mesmos que gulosamente deitam o rabo do olho para as amigas e colegas das filhas ou que não conseguem esconder a sua boçalidade ao cruzar-se com uma miúda de catorze ou quinze anos com um bonito palmo de cara ou um jeitoso par de pernas. Por amor de Deus, tenham juízo!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Coerência, precisa-se!

APÓS ESTA "rábula" de mau-gosto de umas pretensas negociações urdidas por quem julga que exercer oposição não é mais que produzir uns "números" de duvidoso efeito mediático, o mínimo que se espera desta cada vez mais visivelmente medíocre direcção do PSD é que seja coerente e anuncie o seu voto contra o Orçamento de Estado. Ou será que o medo de defrontar Sócrates, vai levar Passos Coelho&Cia. a optar pela abstenção? Já estou a ver o pobre e estafado argumento do "interesse nacional" a ser mais uma vez usado...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dra. Maria, a "ghost-writer"

NINGUÉM ME tira da cabeça que quem escreveu o sofrível discurso de anúncio de recandidatura de Cavaco Silva foi a sua cara-metade, a sempre omnipresente Dra. Maria. Especialmente aquela passagem do "Portugal é o meu partido" (no mínimo ridículo...) e o escusado trecho onde resolveu "puxar os galões", ao jeito do "se não fosse eu, onde é que isto tinha ido parar?". Convenhamos que não há muita pachorra para este estilo...

Pois, pois...

"Comigo os portugueses sabem com o que contam"

Cavaco Silva, 26.10.2010

Perguntar não ofende...

E SE a abstenção nas eleições presidenciais for superior a 50 por cento? Que legitimidade terá o próximo Presidente da República se for eleito por um universo real de menos de metade dos portugueses com capacidade eleitoral?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Cautelas e caldos de galinha...

FOI INTELIGENTE a decisão de Marina SIlva em não apoiar qualquer dos dois candidatos nas presidenciais brasileiras do próximo dia 31. A ex-ministra do Ambiente de Lula percebeu que os quase 20 milhões de votos que obteve na primeira volta foram fruto de circunstâncias muito próprias e que, hoje, o seu "peso eleitoral" dificilmente ultrapassaria os 10 por cento, ou seja, metade da percentagem alcançada a 3 de Outubro. E assim, para que ninguém andasse a "fazer contas" na noite de 31 de Outubro, a terceira colocada na "corrida" presidencial brasileira optou por um prudente e correcto distanciamento de Serra e Dilma, ainda que essa postura beneficie na prática a sua antiga colega de governo...

Tirem-me daqui!!!

NÃO SEI se serão efeitos da malfadada crise, mas não falta em Portugal quem mostre claros sinais de "andar a ouvir vozes". Primeiro foi aquela luminária do futebol nacional que dá pelo nome de Gilberto Madaíl a vir a público exigir uma "operação de limpeza" na FIFA, dadas as suspeitas de corrupção que recaem sobre alguns membros do seu Comité Executivo. Vindo de quem vem... E como se isto não chegasse, quem abrisse o "DN" de ontem lia que, na opinião do sr. Carmo, auto-intitulada referência da ética e célebre por ter "abichado" um "Prémio Goya" à conta de outrem, Frank Sinatra foi "um grande fadista". Por amor de Deus... tirem-me daqui!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Os senhores administradores...

UM AMIGO meu, verdadeiro "paparazzi" destas coisas da internet, alertou-me recentemente para a composição do conselho de administração de um vasto e aparentemente influente grupo económico de raízes angolanas denominado "Finertec" e onde pontificam duas das "estrelas" do inner circle de Passos Coelho: o secretário-geral Miguel Relvas e o antigo secretário de Estado de Guterres e hoje suposto porta-voz laranja para os assuntos económicos António Nogueira Leite. Isto há cada coisa...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A moda do Pedro nãoseiquê

O NOSSO País é de facto de modas... De há uns tempos a esta parte surgem umas "vedettes" a quem, sem se perceber a propósito de quê e porquê, as televisões e jornais concedem "palco" e nos ministram verdadeiras overdoses a propósito de qualquer assunto. É o caso de um senhor forte e algo calvo, Pedro de seu nome e que, segundo consta, é assim uma espécie de "ponto" do suposto líder da oposição. Liga-se a televisão e "zás!", lá surge ele botando faladura, ora sobre o famigerado Orçamento de Estado, ora sobre literatura e até (pasme-se!) sobre futebol. Abre-se um jornal ou uma revista e raro é o dia ou a semana em que o tal Pedro nãoseiquê não aparece a debitar sobre o mais surpreendente tema. Na rádio, idem aspas. O que eu ainda não consegui perceber é porquê...

Uma candidata com história...

domingo, 17 de outubro de 2010

Chiça que é chata!

CADA VEZ que abre a boca (e lhe dão palco), a D. Pilar brinda-nos com uma catrefada de ressentimentos, rancores e odiozinhos de estimação, alguns herdados do seu José, outros produto certamente daquele seu modo de estar na vida, onde todos lhe parecemos dever alguma coisa. Agora, numa entrevista nesta sua nova condição de "viúva profissional", a D. Pilar resolveu ressuscitar a ausência de Cavaco Silva do funeral do seu marido e com aquele seu bom-gosto que a caracteriza veio-nos garantir que, pelos vistos por seu intermédio, o defunto em causa "agradece" (sic). Lê-se e não se acredita - pelo disparate, pela deselegância e principalmente pelo mau-gosto.
Mas a entrevista em causa é um chorrilho de pretensos ajustes de contas com quem não lhe diz "amen", uma sucessão de reavivar questões e assuntos já enterrados, um infindável rosário de queixas e lamurias que revelam alguém muito mal-resolvido. E principalmente muito chata. Chiça!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Basta!

PARA QUEM está há cinco meses fora, nada melhor que ler a "Sábado" desta semana, com especial atenção entre as páginas 52 e 62: "Crianças que passam fome". É um retrato fiel, desolador, triste, deprimente e chocante de uma realidade muito mais próxima do que imaginamos...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Portugal (e Passos Coelho) no seu melhor...

VEM NO "Diário de Notícias" e relata a presença do líder da oposição numa iniciativa destinada a promover a adopção de animais. Palavras para quê? É o "universo" do presumível candidato a primeiro-ministro: Maya, Mini, Cookie, NIna e Massamá. Ão, ão! Estão todos bem uns para os outros...

"Apesar do dia chuvoso, o político de 46 anos fez questão de marcar presença na iniciativa (...). Pedro Passos Coelho juntou-se a outras caras bem conhecidas como Júlio Isidro, Mozer, Lili Caneças, Sofia Fernandes ou Maya não só para promover a campanha de adopção, mas também para alertar contra o abandono de animais. O líder social-democrata tem quadro cadelas em casa, duas das quais foram adoptadas, provenientes de canis. Mini, Cookie e Nina fazem as delícias da família Passos Coelho, bem como a cadela de Teresa, de 15 anos, que é enteada do político. Pedro Passos coelho vive em Massamá com a mulher, a filha mais nova e a enteada. É lá que também recebe as filhas mais velhas, Joana, de 22 anos, e Catarina, de 17, fruto do seu primeiro casamento com a cantora Fátima Padinha"

En hora buena!


NUNCA ACHEI um Nobel da Literatura tão bem entregue como o que a Academia acabou de outorgar ao peruano Mário Vargas Llosa. Só pecou por tardio...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Pela boca "morre" o peixe...

TODOS OS anos, por esta altura, o pretendente ao (inexistente) trono português vive os seus momentos de glória. É que a propósito das comemorações da implantação da República, o chefe da Casa Real deixa de apenas interessar à chamada "imprensa cor-de-rosa", onde surge amiúde rodeado de criancinhas e numa versão século XXI da célebre e saudosa "família Prudêncio", para ganhar algum espaço nos jornais ditos "de referência". E então é vê-lo a opinar por tudo o que é canto sobre as virtuosidades do seu regime e a "dar uma " de estadista, pronunciando-se sobre tudo e mais alguma coisa, num inenarrável e longo chorrilho de lugares-comuns, obviamente politicamente correctos e que, além de repetitivos, já nem fazem sequer sorrir. Agora e como está na moda a "contenção de despesas", o pretendente aproveita logo para lavrar o seu protesto pela verba que o Estado português destinou às comemorações do centenário do 5 de Outubro, considerando "um exagero". Eu até admito que a nobiliárquica figura até tenha razão quanto à quantia, mas veio-me logo à cabeça o facto de há uns anos atrás - vá lá saber-se porque razão, para além do parolismo bem português... - o Estado português teve de arcar com uma série de despesas relacionados ao casamento do chefe da Casa Real. Não sei se foi um exagero... Agora que foi um disparate, lá isso foi!

Brasil - a vingança de FHC

DURANTE A campanha, o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi assim como uma espécie de "fantasma" que os seus companheiros de partido, a começar pelo próprio José Serra, fugiam a sete pés sem nunca se perceber bem porquê. Apenas Aloysio Nunes, candidato em S.Paulo do PSDB ao Senado Federal, não se coibiu de utilizar o antigo presidente como uma das suas "bandeiras". E o resultado esteve à vista: à partida dado como não tendo qualquer chance de ser eleito, Aloysio foi o candidato ao Senado mais votado, obtendo em S.Paulo quase 11 milhões votos...

Brasil - o falhanço das sondagens

APESAR DE ser cenário pouco ou nada previsível, o facto de Dilma Rousseff não ter conseguido alcançar a presidência brasileira na primeira volta das eleições foi um rude golpe, não só para os "petistas", mas também para as empresas de sondagem que até à última hora, em estudos de "boca de urna" divulgados às cinco da tarde de domingo, davam como certa a eleição da candidata de Lula. Ibope, Datafolha, Vox Populi, Sensus, todos eles "erraram feio" e mostraram que afinal, não é só em Portugal, que as sondagens são desmentidas nas urnas...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dilma e os evangélicos

REINA GRANDE apreensão nas hostes do PT brasileiro. Mais que os sucessivos escândalos que têm abalado a até agora irrepreensível campanha de Dilma Rousseff, o facto de dois destacados pastores evangélicos terem vindo a terreiro (com uma carta aberta e tudo) pedir aos seus fiéis que não votassem na candidata oficial. O receio que este facto, somado a uma significativa deserção de algumas "elites" para as hostes de Marina Silva (e que curiosamente é evangélica), possa obrigar a uma segunda volta, já levou o próprio Lula a protagonizar alguns anúncios televisivos em horário nobre em que, aparentemente a despropósito, defende a liberdade religiosa.

O crime compensa...

EMBORA NÃO tenha rigorosamente nada a ver com isso (para além do facto de ser desde sempre leitor do "Diário de Notícias", salvo um período em que me abstive de comprar o matutino para me poupar a algumas peças supostamente de investigação e que só revelavam o carácter acanalhado de quem as escrevia ou inspirava...), não consigo entender como é que alguém que foi o "coveiro" de um diário do grupo Controlinveste há pouco desaparecido passou agora a integrar a direcção do jornal. Será que porque dá sempre jeito um "pecêzito" para compor o ramalhete?

domingo, 26 de setembro de 2010

Brasil (III) - Nomes a ter em conta

NOMES A ter em conta no futuro político próximo no Brasil: Aécio Neves, antigo governador de Minas Gerais e que, desde há alguns anos, não esconde o desejo de ser candidato pelo PSDB; Eduardo Campos, governador de Pernambuco, cuja reeleição deverá contar com 70(!) por centos dos votos, presidente do Partido Socialista (PSB) e a quem, consta, Lula gostaria de ter visto como "vice" de Dilma; Fernando Pimentel, antigo prefeito de Belo Horizonte e que poderá vir a ser um dos "homens-fortes" do futuro governo brasileiro; e Lindberg Farías, futuro senador pelo Rio, antigo presidente da UNE (União Nacional de Estudantes) e líder dos famosos "caras pintadas" que, nas ruas, contribuíram decisivamente para a queda do presidente Collor. Curiosamente, Aécio Neves e Eduardo Campos são netos de dois nomes que "marcaram" a política brasileira na segunda metade do século passado - Tancredo Neves e o socialista Miguel Arraes.

Brasil (II) - Um debate que pode ser decisivo

APESAR DOS sucessivos escândalos (e são mesmo sucessivos!) que têm surgido nas últimas semanas, o PT brasileiro prepara-se para conseguir eleger Dilma já na primeira volta. As sondagens tem reflectido apenas de "raspão" todos os imbróglios que têm "salpicado" o governo de Lula e apesar de tudo Dilma tem conseguido manter a sua percentagem acima dos 50 por cento. E curiosamente os poucos votos que tem perdido têm sido captados por Marina Silva e não pelo seu directo adversário José Serra. Dá-se mesmo o caso de em Brasília e no Rio de Janeiro o candidato do PSDB surgir na terceira posição na indicação de voto... Por isso, o debate da Globo na próxima quinta-feira pode ser a última chance que os adversários de Dilma possuem em obrigá-la a ir a uma segunda volta. Se a prestação da candidata do PT não for a melhor e não conseguir sair a contento da natural barrage a que vai ser sujeita pelos seus oponentes nesta "corrida" ao Planalto, poderá ter lugar a segunda volta. Mas se isso ocorrer, será apenas porque Marina alcançar os 15 por cento, não por qualquer subida de Serra, cujas indicações de voto teimam em não ultrapassar os 28 pontos...

Brasil (I) - O futuro de Lula

PODE SER que me engane, mas não me surpreenderia se Dilma Rousseff trilhasse o seu próprio caminho a partir do momento em que subisse a rampa do palácio do Planalto e "descolasse" muito mais rápida e profundamente do seu "padrinho" Lula do que se possa imaginar. Penso mesmo que aqueles que dão como garantido que, em 2014, Dilma prescindiria de uma hipotética reeleição para "abrir caminho" ao regresso do ainda presidente brasileiro estão na iminência de enganarem-se redondamente. É natural que a partir da sua mais do que previsível vitória eleitoral, a futura chefe de Estado brasileira ganhe ainda mais "corpo" e peso político. E por muito que deva a sua eleição a Lula (e deve!), o facto é que os votos pertencem-lhe, ainda para mais se eleita à primeira volta - coisa que Lula nunca conseguiu, mesmo na sua reeleição em 2006...
Acrescido a tudo isto, não nos podemos esquecer de muitos ilustres "petistas" a quem, de uma maneira ou outra e apesar de muito lhes dever, Lula foi progressivamente afastando e que hoje em dia estão progressivamente recuperando peso e espaço políticos. Estou a falar de José Dirceu e António Pallocci, dois dirigentes do PT que ajudaram a criar Lula e que foram, na prática, suas "vítimas" e do seu "síndroma de eucalipto", que é como quem diz da forma como o presidente brasileiro, nestes oito anos de mandato, "secou" tudo à sua volta...
É indiscutível que Lula ficará na história do Brasil, a par de Getúlio ou de um Juscelino, O que já é mais discutível é que seja "trigo limpo" que, como muitos dão como certo, ele regresse quando muito bem entender. A ver vamos...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Carrilho: uma demissão que pecou por tardia

FINALMENTE ESTE governo decidiu demitir Manuel Maria Carrilho como representante permanente junto da Unesco. Aproveitando um habitual movimento diplomático que abrangeu mais sete ou oito missões diplomáticas portuguesas no estrangeiro, Sócrates finalmente afastou o ex-ministro da Cultura que, naquelas suas "birras" que lhe são tão habituais, já veio a público deixar a entender que teria sido vítima de perseguição política na sequência de uma entrevista alegadamente crítica que teria concedido ao "Expresso". A verdade é que Carrilho já deveria ter sido "corrido" há muito tempo, mais concretamente desde 22 de Setembro do ano passado quando, contrariamente às instruções recebidas de Lisboa, recusou-se a votar no egípcio Farouk Hosni para director-geral do organismo junto do qual representa o governo de Lisboa. Era preciso tanto tempo para mandá-lo regressar? E já agora: a tal entrevista ao "Expresso" foi precedida de algum pedido de autorização ao palácio das Necessidades, tal como o regulamento exige a qualquer diplomata em funções? É que isso de se armar em vítima sempre foi um dos atributos desta manhosa e patética versão de Jack Lang...

A "Veja", o cangaceiro e... Lula

NO BRASIL, a verdadeira oposição ao PT, ao governo Lula e consequentemente à inevitável eleição de Dilma Rousseff, não é feita pelo cada dia mais debilitado PSDB, mas sim pela generalidade da chamada "imprensa de referência", com especial destaque para a revista "Veja" e para o diário "Folha de S.Paulo". Mas enquanto o matutino paulista ainda "disfarça" minimamente a sanha anti-lulista, a "Veja", essa, não perde a oportunidade de, por tudo e por nada, arranjar maneira nem que seja para "alfinetar" Lula. Um exemplo flagrante dessa verdadeira obsessão é uma pequena nota publicada na penúltima edição, onde na secção "Panorama", a revista noticia a morte, aos 100 anos de idade, do último integrante do bando da famoso cangaceiro Lampião, verdadeiro "terror" do Nordeste brasileiro nas décadas de 20 e 30. E segundo a "Veja", o defunto chamar-se-ia "António Inácio da Silva", o que obviamente levava quem lesse a discreta nota a relacionar com Luís Inácio da Silva, o nome completo do actual presidente brasileiro... "Que divertida coincidência", seria a lógica reacção, não é? Só que, nessa mesma semana, outra revista - a "Isto É" também noticiava numa pequena nota muito semelhante à da "Veja" a morte do companheiro de Lampião. Mas as semelhanças entre um e outra nota acabavam quando se lia, segundo esta revista, o nome do último cangaceiro, que não era nem Inácio, nem Silva, mas sim... José António Souto! Só faltou mesmo a "Veja" revelar que o "nome de guerra" de Lampião era "Dilma"...

sábado, 11 de setembro de 2010

Um palhaço chamado Gilberto

VAMOS LÁ, de uma vez por todas, chamar "os bois pelos nomes". Há anos agarrado que nem lapa ao lugarzinho de presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl, arrisca-se a ficar na história daquela pobre instituição como o maior palhaço que alguma vez por lá passou. Eu repito: pa-lha-ço. Assim mesmo! Só que este palhaço não é dos que faz rir. Tão-pouco faz chorar, porque nem para isso é competente. Verdadeiro protótipo do "energúmeno" nacional, protagonista de tristes histórias que chegaram a ter as estradas aveirenses como palco, esta estranhamente alourada personagem tem, a bem do decoro e da decência, ser rapidamente "corrido" da cadeira que ocupa e onde a incompetência, a cobardia e o oportunismo foram as marcas de um "consulado" que teima em não chegar ao fim e que envergonha quem é adepto de futebol.
Temo a sucessão, tais os figurões que se perfilam para abocanhar o lugar, com especial destaque para um pateta potencial e eterno candidato a tudo o que é lugar - mas para já o que quero ver é a presidência da FPF livre deste palhaço sem vergonha na cara. Depois logo se verá...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pior é impossível

ESTAVA EU praticamente a acabar de escrever o último post acerca da inevitabilidade da vitória de Dilma Rousseff à primeira volta e eis que, com uma natural "ajuda" das cada vez mais anti-lulistas "Veja" e "Folha de S.Paulo" rebenta o escândalo da violação do segredo fiscal da filha do candidato José Serra. Um escândalo e... pêras, daqueles com todos os ingredientes precisos para inverter uma tendência de voto, para causar "estragos" de monta junto da vitoriosa campanha da ex-chefe da Casa Civil de Lula - desde uma procuração falsificada até um militante do PT metido até aos cabelos nessa "embrulhada", passando por umas desculpas manhosas e esfarrapadas dos responsáveis da Receita Federal e eu sei lá mais o quê. Mas não: apesar da violência do programa televisivo de Serra, da verdadeira "barrage" a que imprensa e TV sujeitam Dilma, o PT e até Lula, as sondagens continuam o seu ritmo avassalador, com a opinião pública indiferente a um episódio com contornos muito mal explicados e dando a Dilma uma cada vez mais confortável margem de distância dos seus adversários. Para dar um exemplo: em Brasília, Serra desce tanto que já "disputa" o terceiro lugar na corrida presidencial com Marina Silva. Pior é (mesmo) impossível...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A um passo da vitória na primeira volta


QUANDO HÁ uns meses alvitrei neste espaço que Dilma Roussef poderia vir a ganhar as presidenciais brasileiras logo à primeira volta, existiu logo quem se apressasse a comentar essa minha previsão (que mais não era que uma simples suposição de quem gosta de ouvir quem sabe...) como se do maior disparate se tratasse. A verdade é que a pouco mais de um mês da primeira volta das eleições que ditarão o sucessor de Lula, a candidata do PT já ultrapassou os 50 por cento nas sondagens. Até pode ser que até lá - embora nada o faça prever - José Serra consiga encurtar a distância e fazer Dilma descer abaixo da fasquia de metade dos votos expressos nas urnas. Mas cheira-me que vai ser difícil...

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Alguém se acusa?

A PASSAGEM que se transcreve é de um artigo da insuspeita Clara Ferreira Alves, também ela pelos vistos a par das negociatas desses grandes "vultos" do jornalismo lusitano a quem o poder socialista não hesitou em premiar pelos "serviços prestados" com um andarzinho: "(...)Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, em governação socialista, distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos(...)".

Abraço

sábado, 31 de julho de 2010

É hoje!!!


PARABÉNS (EU ia escrever enhorabuena, mas é capaz de ser melhor ficar-me pelo uso do português...). Quando é que o Nelinho e a Dra. vão ser avós? Eheheheheheheh...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Paulo Jorge


MORREU HÁ dois dias em Luanda uma das mais notáveis figuras do "velho" MPLA, alguém que soube sempre nos momentos mais críticos das sempre conturbadas relações luso-angolanas colocar uma importante dose de bom senso e racionalidade. Chamava-se Paulo Jorge, foi ministro das Relações Exteriores no período pós-independência e desde há uns anos, de forma discreta, dirigia o Departamento de Relações Externas do restricto Secretariado do Bureau Político do MPLA, sendo igualmente o principal conselheiro de José Eduardo dos Santos em matéria de política internacional.
Dono de um sentido de humor deliciosamente inteligente e irónico, Portugal deve muito a este angolano de sangue português. Em Novembro do ano passado, em Luanda, tive a oportunidade de ser recebido por ele no seu gabinete da Av. Ho Chi Min por duas vezes e, ao recordar certos episódios dos anos 70 (nomeadamente a controversa intervenção cubana em Angola), tive oportunidade de compreender a importância que desempenhou naqueles anos e o papel que desempenhou enquanto "travão" naqueles conturbados anos junto de alguns dos seus mais intempestivos camaradas...

Quem sabe, sabe...

VAMOS SER claros e deixar-nos de rodeios: não foi a Federação ou qualquer seleccionador que nomeou aquela garoto malcriado como capitão da selecção nacional de futebol. Quem o fez, foi o BES. Ponto final.

Suposição

FOSSE EU accionista da PT e tivesse integrado o bloco que votou favoravelmente a venda da participação na Vivo à Telefónica, dificilmente resisitiria a exigir, até à última instância - fosse ela portuguesa ou europeia... - o meu mais do que justificado direito em receber de quem impediu a venda, o valor das minhas acções ao preço da oferta que foi aceite pela esmagadora maioria de quem as verdadeiramente pagou - que não foi o caso do Estado português que nunca gastou um único cêntimo para deter essa tão badalada "golden share".

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Esperteza saloia

PELA PRIMEIRA em quase cinco anos de mandato, o Presidente da República "dignou-se" receber uma delegação da FENPROF. Mais: segundo os sindicalistas, Cavaco Silva mostrou-se "muito participativo" na audiência, não se limitando a escutar as queixas dos professores... Pena é que tenha demorado tanto tempo em ouvir (e pelos vistos falar...) com os representantes desta classe sócio-profissional. Será porque as presidenciais estão aí à porta? É por essas e por outras, que cada vez mais, para muitos, Cavaco Silva tornou-se numa desilusão.

3 de Junho de 2009

NO RESCALDO da participação portuguesa no Mundial da África do Sul e onde um desproporcionado e exagerado 7 a 0 à Coreia do Norte gerou um entusiasmo que - estava a ver-se - ia naturalmente conduzir a uma previsível frustração, não resisto a transcrever o texto que publiquei neste blogue no dia 3 de Junho do ano passado...

"Há uns anos atrás, Portugal teve a sorte de posssuir uma geração de futebolistas que conseguiam aliar o seu talento e arte a uma maneira discreta e civilizada de estar na vida. Uma geração que teve em Luís Figo o seu expoente máximo, mas em que desportistas como Rui Costa, Fernando Couto, Paulo Bento, Dimas, Paulo Sousa e Vítor Baía, entre outros, pautaram o seu quotidiano por uma conduta praticamente irrepreensível e que lhes valeu o respeito e a admiração de adeptos, treinadores e dirigentes, sentimentos esses que hoje, embora já afastados da prática desportiva, continuam a suscitar. Decididamente foram a “geração de ouro” do nosso futebol, tanto pela sua capacidade enquanto atletas como igualmente pela sua postura enquanto homens e cidadãos.
Muitos deles não tiveram uma infância fácil, sabe-se lá quantas dificuldades passaram e quantossacrifícios fizeram para alcançarem um lugar na vida em que o bom-senso, a inteligência e acapacidade de sofrimento foram fundamentais. Alguns, desde muito novos, ficaram longe da família, em lares de jogadores que nem de perto nem de longe possuiam as condições que, hoje em dia, as “academias” têm; outros passaram as “passas do algarve”, emprestados a equipas de segunda ou terceira linha até conseguirem, pela primeira vez, envergar a camisola do clube em que se formaram; e alguns viram-se obrigados, desde muito novos, distantes dos que lhe eram mais próximos, a lidarem com a fama e com tudo o que de perniciosa esta pode arrastar.
Vem isto naturalmente a propósito daquele que hoje é considerado como “o melhor futebolista do mundo” e que, por mais mirabolantes fintas que possa protagonizar, por “ene” golos que possa marcar ou por outras e inúmeras demonstrações de talento que possa espalhar pelos relvados dessa Europa fora, não consegue chegar nem de perto nem de longe aos calcanhares daqueles o precederam na fama e no estrelato do nosso futebol. Por muito que ele se passeie ao volante de “topos de gama” (será que sabe guiar?); se sente à mesa dos melhores e mais caros restaurantes pelo mundo fora (ainda levará a faca à boca?); se “farde” com as marcas da moda que lhe impigem nas lojas mais caras das capitais europeias (será que já largou a peúga branca?); se hospede nos mais luxuosos hóteis que existam ao cimo da terra (alguém lhe poderá ensinar que não se anda de boné dentro de casa?); ou se pavoneie com apelativas e dispendiosas loiraças (atenção que a flute de champanhe às vezes é de sumol...), que quem possui da vida a experiência que os anos transmitem percebe que, não tendo ele de facto passado ao lado de uma grande carreira como futebolista, decididamente já passou ao lado de uma vida que infelizmente não será um exemplo (bem antes pelo contrário...) para ninguém.
Sejamos claros: a imagem que o jovem madeirense e aquela inenarrável “trupe” que o segue a todas as partes transmite é grosseira, perniciosa e incómoda. E o “rasto” que provoca, a impressão que fica é tudo menos recomendável para os muitos milhares de jovens que o têem como um ídolo. E quem, com parangonas a divulga a sete-ventos na ânsia de vender mais uns milhares de exemplares ou conquistar mais uns quantos pontos de “share” televisivo é cúmplice nesta autêntica e descabida vergonha e ópera-bufa que se transformou o dia-a-dia desta “estrela” pífia e sem rumo.
A diferença entre, por exemplo, um Luís Figo e esta figurinha é a diferença entre um senhor e umgaroto. E a verdade é que, goste-se ou não das artes futebolísticas do jovem Aveiro, ele não passa deum garoto. Irresponsável, deslumbrado e na periclitante fronteira entre o sucesso e o abismo, ou como quem diz entre ser estrela no Santiago Bernabéu ou andar às moedas em Câmara de Lobos - com tudo o que isso implica..."

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Bingo!

"Um Presidente da República não pode dizer que quem lesse os indicadores percebia onde o País ia chegar e ter consentido, por omissão, que isso acontecesse. Se era assim, porque não impôs,logo a seguir às eleições de Outubro,outro tipo de Governo? Porque não impôs,como tenho repetidamente defendido, um Governo de Salvação Nacional?"

Pedro Santana Lopes

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O coveiro

INFELIZMENTE NÃO me surpreende o fim anunciado do "24 Horas". Só quem não assistiu, desde a saída de Alexandre Pais (o grande responsável pelo extraordinário êxito que o jornal alcançou em determinado período) à crescente decadência e degradação daquele que foi - quer se goste ou não do estilo - um "produto inovador no panorama da imprensa portuguesa, é que poderá ficar admirado com o seu previsível encerramento.
A Alexandre Pais, que para mim é porventura um dos melhores e mais competentes profissionais que conheci nos meus vinte anos de jornalismo e com quem tive o prazer e a honra de trabalhar, sucedeu um sujeito, cujo triste e penoso "consulado" conduziu a publicação das várias dezenas de milhar de exemplares vendidos a um índice de vendas própria de um qualquer jornal de paróquia. É a essa "luminária" que os profissionais que ainda restam no "24 Horas" devem apontar o dedo como o verdadeiro "coveiro" da publicação, muito mais que ao actual director cujo excelente trabalho à frente de uma revista de TV que é distribuída pelo "Diário de Notícias" demonstra bem a sua capacidade enquanto responsável editorial ou mesmo à administração - apesar desta ter demorado demasiado tempo a perceber que o rapazolas escolhido para suceder a Alexandre Pais servia (quando muito!) para limpar cinzeiros...



quinta-feira, 24 de junho de 2010

Lógica da batata

APÓS A sua "notável" intervenção gestual na Assembleia da República e da consequente demissão do cargo de ministro da Economia, o neo-socialista Manuel Pinho foi agora colocado como presidente da Fundação Vieira da Silva-Arpad Szenes, numa nomeação bem na senda de outras já concretizadas pelo governo e onde a bota não bate com a perdigota, como foi o caso do engº Mário Lino (certamente um ás em matéria fiscal...) ter sido indigitado presidente do conselho fiscal no "universo CGD" e de Maria de Lurdes Rodrigues, após umas aulinhas de inglês à pressa, nomeada para a presidência da Fundação Lusa-Americana. Para o "ramalhete" ficar completo, já estou a ver o ex-titular da Defesa Nuno Severiano Teixeira a ser nomeado para uma REN qualquer da vida, o antigo responsável do Ambiente Nunes Correia rumar aos comboios ou o antigo ministro da Agricultura Jaime Silva acabar no LNETI. É a chamada "lógica da batata"!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Cada (regime) tem a sala de visitas que merece...

"Fátima Campos Ferreira transformou aquele programa (Prós&Contras) na sala de visitas do regime"

Pedro Santana Lopes
in www.pedrosantanalopes.blogspot.com

Sem palavras...

POR RAZÕES que não são para aqui chamadas, acompanhei a morte de José Saramago à distância, que é como quem diz longe de Lisboa. Mas apesar disso tive oportunidade de seguir com uma razoável atenção o “folclore” previsível que se seguiu ao anúncio do falecimento do escritor, desde o chorrilho de lugares-comuns dos “comentadores de serviço”, com especial destaque para uma senhora que, durante um quarto de hora em directo no “Jornal da Tarde” conseguiu falar mais dela própria e da sua alegada intimidade (com ementas de supostos jantares e tudo!) com Saramago do que do próprio; para a irresistível tendência mostrada pelos afoitos repórteres em “ressuscitar” uma polémica pateta que opôs – vai para duas décadas – um idiota que chegou a subsecretário de Estado e que ainda dá pelo nome de Sousa Lara a um intragável Saramago; para uma impecável postura do primeiro-ministro (as verdades são para se dizer…) em recusar entrar em fáceis aproveitamentos políticos relativos a esse episódio ocorrido num governo PSD; e à retransmissão de uma reportagem sobre o escritor e em que a protagonista era nem mais nem menos que a insuportável D. Pilar, tantas eram as suas aparições no ecrã (uma delas até em amena “cavaqueira” com um jumento, pasme-se…) e os bitaites proferidos pela referida senhora a propósito de tudo e de nada. Para rematar, vejo agora que a ausência de Cavaco Silva da “romaria” em que se transformou o funeral do escritor tornou-se no grande tema da semana, quase a rivalizar com os 7 a 0 que a selecção inflingiu aquele bando de atletas do país do grande e eterno líder Kim Il Sung e provocou um debate aceso entre quem queria ver o Presidente da República a prestar a chamada “derradeira homenagem” a Saramago e os que acham que Cavaco não iria lá fazer nada. Eu até tenho a minha opinião, mas como esse pretenso vulto da nossa intelectualidade chamado Gabriela Canavilhas veio afirmar, com pompa e circunstância, que o marido da D.Pilar tinha “levado as palavras todas”, fico-me por aqui…

sábado, 19 de junho de 2010

Ôi!

SEM GRANDE chance (apesar das declarações públicas em sentido contrário) de recusar a oferta da Telefónica na "Vivo", a PT prepara-se para entrar no capital da "Ôi", a quarta operadora de telemóveis brasileira. Ontem, o governo de Lula deu uma "ajudinha" ao reduzir a sua posição naquela empresa, com a venda de cerca de 15 por cento da participação subscrita pelo BNDS aos fundos de pensão da Petrobras e da Caixa Económica Federal, que assim passarão a deter 33 por cento do capital desta operadora. Uma "operação" entendida nos meios financeiros como destinada a facilitar a entrada da PT na "Ôi" e assim permanecer no mercado brasileiro de telecomunicações.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Triste...

ACABEI AGORA mesmo de ver (e ouvir) o secretário de Estado dos Desportos, num tom ameaçador, mandar um recados aos jogadores que integram a selecção nacional de futebol que, pelos vistos, cometeram o crime de lesa-Pátria em ter opinião própria. Com voz grossa, ar de mauzão, ameaçador mesmo, Laurentino Dias, ao "mandar calar" os futebolistas escolhidos por essa outra "luminária" que responde pelo nome de Carlos Queirós, perdeu - ele mesmo - uma excelente oportunidade para estar calado. Além de ser triste ver alguém que, até pelos anos que possui como governante, ainda não aprendeu que ser secretário de Estado do Desporto não é propriamente a mesma coisa que ser dirigente da Associação Desportiva de Fafe. Pelos vistos o inefável Lello deixou "escola" naquele gabinete. Pelo menos no que diz respeito ao ridículo...

quinta-feira, 17 de junho de 2010


"Um país faz-se com homens e com livros"

Monteiro Lobato

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Essa das "melhores condições"...

"Normalmente, quando acontece dançar e, portanto, pisar os calos a alguém, é à minha mulher, já muito fora de horas e nem sempre nas melhores condições".
A frase é de Passos Coelho e, no mínimo, é infeliz... Terá sido para ter graça? Se for o caso, acertou bem ao lado... E o que é isso das "melhores condições"?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Longe vão os tempos do "Allgarve"...

A CANDIDATURA portuguesa à "Ryder Cup 2018" elegeu a Herdade da Comporta como local a apresentar para a realização daquele que é considerado como o terceiro evento com mais projecção mediática a nível mundial. Para além do facto de não existir (ainda) qualquer campo de golfe naquela zona capaz de albergar uma competição do género, refira-se a coincidência (claro que não passa disso mesmo...) do facto do ex-ministro Manuel Pinho ser, desde sempre, ligado ao grupo Espírito Santo que, por sua vez, é o proprietário da Herdade da Comporta... E como há quem (graças a Deus!) tenha boa memória, ainda há umas horas alguém se lembrou da esfuziante alegria com que o então ministro Pinho celebrou a eleição do Algarve como "o melhor destino mundial de golfe". Um bocadinho de vergonha não lhe ficava mal , não é verdade?

sábado, 3 de abril de 2010

Ongoing soma e segue no Brasil

FRUSTRADA QUE foi a compra de uma posição na TVI, a Ongoing renova a aposta no mercado brasileiro. Depois do lançamento do diário "Brasil Económico" e dos preparativos para lançar um jornal "tipo Washington Post" em Brasília, o grupo liderado por Nuno Vasconcelos acabou de adquirir o jornal "O Dia", um diário publicado no Rio de Janeiro e que nos últimos anos foi "namorado", sem sucesso, pelo ex-governador Antonhy Garotinho e pelo próprio bispo Edir Macedo, o todo-poderoso "patrão" da IURD. Segundo o que o sempre bem-informado Lauro Jardim escreve na edição de amanhã da revista "Veja", o negócio, avaliado em 75 milhões de dólares (cerca de 55 milhões de euros), engloba igualmente a compra do tablóide "Meia Hora" e do jornal desportivo "Campeão", pelo que o grupo português fortalece assim a sua posição no panorama do sector da media brasileira. E ao que parece a expansão da Ongoing no Brasil passará pela aquisição do controle da emissora de televisão "Rede TV", numa estratégia "abençoada" pelo governo Lula que, finalmente, encontra alguém capaz de fazer alguma frente à poderosíssima Globo...





sexta-feira, 2 de abril de 2010

Adeus ó vai-te embora...

ESSA VERDADEIRA luminária que dá pelo nome de Nuno da Câmara Pereira e expoente máximo do que mais de mentecapto por aí pulula, anunciou a sua demissão de líder do Partido Popular Monárquico e, como se isso não chegasse, a sua desfiliação daquela moribunda organização. É menos um palerma a brincar aos políticos...

Valha-nos o Espírito Santo...

ESTE "FOLHETIM" a bochechos e que se arrasta já há uns quantos anos sobre o negócio dos submarinos parece uma "batalha naval" sem fim. Aguarda-se pacientemente quem vai dar o próximo tiro. Será no "porta-aviões"?

sábado, 27 de março de 2010

E ninguém diz nada?

NO MÍNIMO espantosas, algumas transcrições de conversas publicadas hoje pelo "Sol" e que têm como intervenientes José Sócrates, Armando Vara, Paiva Nunes (casado com uma prima de Sócrates), José Nascimento e um misterioso "Carlos" que ninguém sabe quem é, para além do facto de falar com acento brasileiro e saber onde é que param os telemóveis do primeiro-ministro. Uns falam aparentemente em código e outros não escondem que querem ganhar o mais possível enquanto é tempo. Que ganda regabofe!

"Sampaiadas", por António Borges de Carvalho

Com a mais que merecida e devida vénia, não resisto a escrever este post de António Borges de Carvalho no seu blogue "Irritado" (irritado.blogs.sapo.pt) e que merece cuidada e atenta leitura:

"O magnífico, o extraordinário, o inacreditável Presidente que a III República teve e que dava pelo nome de Jorge Sampaio, ainda anda pelos jornais a tentar justificar o miserável golpe de estado constitucional que teve a lata de perpetrar há uns anos, abrindo o caminho à maior desgraça que, desde o 11 de Março de 1975, aconteceu à dita República: o consulado do senhor Pinto de Sousa, dito Sócrates.

Diz o espantoso político: “eu não demiti o governo, eu dissolvi a assembleia”. Grande novidade!

Logo a seguir, esclarece: “As instituições funcionavam, mas o governo era mau”.

Veja-se a lógica “constitucional” do tenebroso cérebro: como não gosto do governo mas não o posso demitir, dissolvo o Parlamento, e pronto, mato três coelhos de uma cajadada: dou um pontapé no cu da maioria, dou cabo do governo, e abro caminho aos meus amigos da esquerda que, agora, até estão reorganizados. Se a Constituição não prevê uma coisa destas, quero lá saber! Se há uma maioria parlamentar estável, que tenho eu com isso! Não gosto do Santana, e acabou-se. Os constituintes não queriam este tipo de abusos? Pois, sei disso tão bem como eles. E então? Então é preciso dar o poder à esquerda e o resto é conversa. Se calhar queriam que eu os deixasse governar! Não vêm que, se lhes desse tempo, até eram capazes de vir a fazer alguma coisa? Deixá-los prestigiar-se? Não queriam mais nada? Agora, que estão na mó de baixo – nem o Cavaco gosta deles – é que é de ferrar a arrochada. Pumba!

Demos ao homem o benefício da dúvida, coisa que não merece. A (má) consciência, lá no fundo, deve perturbar-lhe os neurónios. É capaz de haver, ainda, algum cantinho para o remorso naquela cabeça vesga. Por isso, de vez em quando, lá vem ele à liça, tentar aliviar-se"

Quem não os conheça...

DEU PENA (para não dizer outra coisa...) observar o "naipe" de figurões que se aprestaram a ficar na fotografia do novo líder do PSD na hora da vitória, bem como os sorrisinhos e cochichos trocados entre tão "ilustres" personagens, ufanos e inchados pela folgada vitória e certamente já preparando o tradicional punhal para espetar nas costas de quem hoje apoiam, amanhã logo se vê, depois só Deus sabe. Pedro Passos Coelho que se ponha a pau...

domingo, 21 de março de 2010

Do que ele se safou...

O DEPUTADO José Lello (com dois "éles) é daquelas pessoas a quem não se lhe conhece uma ideia, a não ser umas graçolas que o ajudaram a fazer carreira na política. Tem a mania que é engraçado, crê-se inteligente e aposto que tem-se, a si próprio, em muito boa conta, tendo mesmo chegado a ser secretário de Estado e até ministro nos governos de Guterres - o que, digamos, não é assim propriamente um grande cartão de visita. Dizem que tem uma secreta esperança: a de ser (pasme-se!) ministro dos Negócios Estrangeiros ou da Defesa... Mas enquanto não chega lá (sim, porque neste País tudo é possível, até o inefável Lello sentar-se no gabinete que já pertenceu a figuras como Franco Nogueira, Mário Soares, Melo Antunes, Jaime Gama, entre outros...), lá vai penando pela Assembleia da República, onde integra mesmo o Conselho de Administração da dita. Do seu trabalho como deputado, para além das viagens a propósito da NATO, pouco se lhe conhece. E no que diz respeito à sua actividade política, esta tem-se resumido a umas "bojardas" que, de quando em vez e algumas embaraçando mesmo quem quer venerandamente servir, lança contra o seu "inimigo de estimação" Manuel Alegre. Mas certamente farto de andar arredado dos holofotes e da riblata, eis que Lello (com dois "éles") resolveu liderar a revolta de alguns dos seus pares quanto à "violação de privacidade" a que são sujeitos no hemiciclo, mais concretamente à mais do que admissível curiosidade de alguns repórteres fotográficos em registar para a posterioridade a penosa e extenuante tarefa dos nossos deputados que, em plenos trabalhos parlamentares e agarrados aos computadores portáteis que lhe são distribuídos pela Parlamento, entretém-se em actualizar o seu "facebook", escrever à namorada, visitar sites pouco recomendáveis ou ver emissões de televisão, entre outras actividades lúdicas: "Isto não é a aldeia dos macacos!", exclamou Lello (com dois "éles") durante uma recente intervenção no plenário. Aqui entre nós, a sorte dele foi ter afirmado e perguntado...


sábado, 20 de março de 2010

Demorou... mas foi?

LEIO NO "Expresso" que o governo equaciona a hipótese de demitir Manuel Maria Carrilho do cargo de chefe da missão portuguesa junto da UNESCO por este, há uns meses, ter desrespeitado uma directiva do executivo e votado no sentido oposto ao que lhe foi transmitido desde Lisboa. E não resisto a recordar o meu post de 22 de Setembro (já lá vão seis meses!) passado a esse propósito e estranhando que o governo não fizesse caso da infracção gravíssima cometida por Carrilho:

"Em tempo de demissões, exonerações e afastamentos (e com um bocadinho mais de tempo irei "interpretar" a decisão de Cavaco Silva em demitir Fernando Lima...) aguardo que o governo demita o seu embaixador na UNESCO, após Manuel Maria Carrilho ter desrespeitado as ordens que recebeu do Ministério dos Negócios Estrangeiros quanto ao sentido de voto na eleição do novo ditrector-geral. Não queria votar no egípcio Farouk Hosni? Das duas uma: ou pedia para ser chamado a Lisboa em serviço deixando a representação portuguesa entregue ao "número dois" da missão diplomática, ou então apresentava a sua demissão do cargo. É que "quem quer ser lobo não lhe veste a pele", n'é?

quarta-feira, 17 de março de 2010

Será muito queijo?

ANDA COM a memória curta, o dr. Francisco Assis... Ontem, no frente-a-frente com Nuno Morais Sarmento, garantiu a pés-juntos que o Partido Socialista nunca tinha expulso nenhum militante."Apagou" assim da história do seu partido os processos que, em 1979, conduziram à expulsão de dois dirigentes - Aires Rodrigues e Carmelinda Pereira, quando ambos votaram na Assembleia da República contra o Orçamento de Estado apresentado pelo governo de Mário Soares. Um tique algo "estalinista", esse o de omitir factos e figuras, n'é?

segunda-feira, 15 de março de 2010

Memória (IV)

A HISTÓRIA foi-me contada por muita boa gente, entre as quais pelo próprio João Soares Louro e pode o "artista" em causa vir desmenti-la a pés-juntos que eu continuo a garantir que é verdade que assim me foi contada. O protagonista chamava-se (e chama-se) Carlos Pinto Coelho e era então jornalista da RTP, empresa da qual Soares Louro tinha sido presidente. Viviam-se tempos (pós-PRECianos) e os partidos tentavam a todo o custo colocar ou manter as suas "tropas" onde elas pudessem tecer armas. Raro era então o dia em que telefone do sempre prestável e afável Soares Louro não tocava e do outro lado da linha, algum alto responsável partidário não "intercedia" por este ou aquele funcionário: "Olhe que o rapaz é dos nossos, não o tratem mal..." e "cunhas" do género que o impagável Louro ouvia, certamente com o gozo de quem viu (e viveu) muito. Mas a "pedir" pelo inefável Coelho, eis que surgiu não um, tão-pouco dois, mas três telefonemas de outros tantos responsáveis partidários: um do PSD, outro do PPD e ainda um terceiro... do CDS: "Só faltou o PC a pedir pelo homem...", recordava, gozão e sempre contemporizador, Soares Louro.

Perguntar não ofende...

ALGUÉM SE lembra do processo disciplinar interno que, em 1981, Francisco Salgado Zenha, então líder parlamentar do Partido Socialista, foi alvo na sequência das eleições presidenciais do ano anterior?

sábado, 13 de março de 2010

Angelito...

CONFESSO QUE sempre o achei insuportável, para além de convencido (sabe-se lá de quê...), irritante e algo apatetado, com aquele sorriso que se confunde amiúde com um esgar cínico, mas ao mesmo tempo personificando aquilo a que os brasileiros habitualmente denominam como "bundão". Protagonizou um dos momentos mais "cinzentos" da nossa história recente (o famigerado "bloco central") e é daquelas pessoas que habituou-se a estar na vida "dando uma no cravo e outra na ferradura", tentando estar bem com Deus e o Diabo e sempre disposto a "falar de cátedra", assumindo um lugar de "referência" (sabe-se lá de quê...) que à força acha ser seu, mas que ninguém no seu perfeito juízo lhe reconhece. Estou a falar de Rui Machete, perito em "passar no meio dos pingos da chuva" e em abichar pareceres jurídicos e cargos onde se faça pouco e ainda menos se dê nas vistas. O papel a que este senhor se prestou ontem ao fim da tarde, enquanto presidente da Mesa do Congresso do PSD, caucionando (e sabe-se lá que mais...) a desvirtuação do congresso extraordinário do seu partido, fazendo o frete aos que, por cima de tudo e de todos, querem pôr e dispor da Rua de São Caetano, reflecte bem o que o move e como encara a política. Angelices...

O candidato e... os manhosos

COMO QUEM tira uma "carta da manga", no debate que o opôs a Aguiar-Branco, Pedro Passos Coelho resolveu fazer um "número" e, numa mistura de vitimização com complexo de perseguição, lamentou-se que existisse quem se sentisse "muito preocupado" com a hipótese de ele vir a liderar o PSD, apontando mesmo o nome de Marcelo Rebelo de Sousa como uma dessas pessoas. Eu cá conheço mais... E pela parte que me toca, o que me preocupa não é Passos Coelho em si - até porque acredito que esteja bem-intencionado e convicto nesta "corrida". O que me preocupa, isso sim, são certas pessoas que surgem como seus "gurus" ou principais apoiantes, sempre lestos e manhosos em utilizar a política e o poder como um meio e não como um fim. Entendidos ou é preciso "fazer um desenho"?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Os desejos de D. Fernanda

MUITO SINTOMÁTICA a "declaração de amor" de D. Fernanda Câncio na sua coluna de hoje no "Diário de Notícias" ao candidato Pedro Passos Coelho, a par das golfadas de ódio dirigidas a Paulo Rangel... Sinal da preocupação que deve reinar para aquelas bandas e o descortinar das vontades e desejos de quem gostaria de ter aquele que é o verdadeiro "paradigma do lugar comum" como futuro rival. Branco é, galinha o põe...

A ler

O ARTIGO de hoje de Pedro Santana Lopes no "Sol" sobre Rui Gomes da Silva merece ser lido. Com a atenção e com a ternura de quem entende o que é a amizade e a gratidão simples e descomplexada entre duas pessoas que não precisam de gritar a plenos pulmões a sua lealdade para, de facto, o serem.

Ninguém a manda calar?!

"Se (Sócrates) mentiu, nem acho que seja muito grave"

Inês de Medeiros, "Sábado"

quarta-feira, 10 de março de 2010

Esquecimento?

FOI TANTA a celeridade dos socialistas em chamar o antigo ministro Nuno Morais Sarmento à Comissão de Ética para esclarecer "casos" alegadamente ocorridos há cinco anos, que espanta-me a demora dos integrantes daquela comissão em convocar igualmente alguns assessores do primeiro-ministro para depor e tentar esclarecer "casos", estes alegadamente ocorridos muito, mas muito recentemente... Era capaz de ser uma boa ideia, ou alguém tem medo de aquilo acabar numa grande "bernarda"?

terça-feira, 9 de março de 2010

Schiu...

LI COM mais atenção as declarações dessa verdadeira sumidade que dá pelo nome de Couto dos Santos. Diz ele que Marcelo Rebelo de Sousa não possui "credibilidade", até porque já passou pela liderança do PSD e... "não deu conta do recado"! Lê-se e não se acredita, especialmente se nos lembrarmos das prestações governativas desta "inteligência rara", mais concretamente a sua passagem pela pasta da Educação onde - estamos todos recordados... - o inefável Santos fez um pouco de tudo... menos "dar conta do recado". Há pessoas que, de facto, não sabem estar caladas...

'Tá vivo!

ALELUIA! ESSE ex-libris dos tempos de Cavaco Silva que dá pelo nome de Couto dos Santos deu à costa, após alguns anos de "recato empresarial"! Adepto da candidatura de Coelho à liderança do PSD, aquele que foi em tempos uma espécie de "garoto propaganda" dos tempos do cavaquismo surgiu agora, do alto de uma importância política-partidária que só ele poderá acreditar possuir, a menosprezar e criticar uma possível entrada em cena de Marcelo Rebelo de Sousa. Começam a ficar explicadas as dúvidas do professor... De facto, é preciso uma paciência de Job para aturar estas "figurinhas"!

Memória (III) - Francisco Salgado Zenha (Parte 2)

AINDA A recordação de Francisco Salgado Zenha... E mais uma história que define bem o seu rigor - às vezes ultrapassando as fronteiras do razoável. A candidatura presidencial de 1986 tinha ficado pelo caminho e apenas uns poucos permanecíamos na esconsa e mal-amanhada sede da rua Latino Coelho arrumando os últimos papéis. Todas as manhãs, sempre à mesma hora, Zenha lá aparecia. Subia ao seu gabinete do terceiro andar, por lá ficava umas horas e era certo e sabido que, à saída, lá passava pela tesouraria no rés-do-chão: "Então já sabem quanto é que tenho de pagar?", perguntava ele, invariavelmente. O responsável das contas bem tentava disfarçar, mas era certo e sabido que não havia dia em que Zenha não insistisse. Queria pagar a gasolina e os hotéis da suas deslocações enquanto candidato e ai de quem o contrariasse! Por muito que se lhe explicasse que essas despesas eram naturalmente suportadas pela própria candidatura, Zenha insistia sem cessar. Até que alguém teve uma ideia, no mínimo genial. E quando uma manhã, voltou a interpelar o tesoureiro, este apresentou-lhe uma conta, garantindo-lhe que essa verba dizia respeito a metade das suas despesas de alojamento, ou seja ao custo atribuído à sua mulher: "Pronto assim 'tá bem! Era só o que faltava a Maria Irene não pagar metade das despesas! Ela não era candidata!", argumentava, enquanto preenchia o cheque e perante o alívio do tesoureiro.
Outros tempos... (e outra gente...).

segunda-feira, 8 de março de 2010

Cavaco by... Nuno Morais Sarmento

"Cavaco Silva optou por ter uma postura cooperante com o Governo nos três momentos-chave da crise. Em Outubro de 2008 quando o mundo já reagia aos efeitos da crise e o Governo andava entretido a distribuir computadores Magalhães; em Outubro de 2009, quando o Governo garantia que o défice não passaria de 5% ou 6%; e, por fim, na saída da crise, quando o Governo não falou verdade. Em todos estes momentos Cavaco manteve-se em silêncio".

Nuno Morais Sarmento, "Diário Económico"


Falta de coragem ou de pachorra?

TALVEZ ALGO temerosos de uma repentina entrada em cena de Marcelo Rebelo de Sousa, no PSD são muitos os que se desdobram em declarações que visam "menorizar" o impacto e a reviravolta nas "directas" que um hipotético regresso do professor poderia causar. Há dias houve mesmo quem falasse em "coragem", ou melhor na falta dela, para justificar este silêncio pelos vistos tão incómodo por parte de Marcelo e que tem deixado quem pensava que a "corrida" à liderança do PSD seriam "favas contadas" Não será mas é "pachorra", o que lhe falta para aturar um partido onde hoje em dia pontificam figurinhas de segunda e terceira linha, sem dimensão, desígnio ou peso político e paras as quais o exercício da política é antes de mais um meio - nunca um fim?