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domingo, 19 de julho de 2009

A precipitação de António e Helena...

ALGUÉM ME consegue explicar porque é que António Costa e Helena Roseta vieram com tanto afã a público explicar se um sair o outro também e coisas do género, que é como quem diz por outras palavras: "o Sócrates vai perder as eleições ou vai sair da chefia do governo, o Costa está na calha para suceder-lhe e então...". Faz lembrar aquele velha história dos filhos que, ainda antes do enterro do pai, já distribuem a herança...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Figuras tristes...

O APATETADO Carmona Rodrigues anunciou com o claro sentimento que rapidamente se passa de "idiota útil" a "idiota inútil" que não será candidato a Lisboa. A cidade agradeceu...

Contas à moda do Rato?

ENGRAÇADO NO mínimo o facto de António Costa destinar quatro dos seis primeiros lugares da sua à Câmara Municipal de Lisboa a "independentes": Helena Roseta, Manuel Salgado, José Sá Fernandes e um outro elemento a indicar por Roseta. Então e o PS? Para além de Costa, só "mete" um? Ainda fica com menos vereadores do que o inefável Carmona conseguiu eleger nas últimas autárquicas...

domingo, 12 de julho de 2009

Uma questão de generosidade...

A RECENTE entrevista do dr. António Costa ao diário "I" vem revelar, para além do estilo cada vez mais "trauliteiro" que o actual presidente da Câmara faz gala em usar (será influência do seu chefe de gabinete Manuel Seabra que, em Matosinhos, deixou "obra" à vista nesse domínio?), que as esperanças em contar com Helena Roseta na sua lista ainda não acabaram. Há mesmo quem me garanta que o que está em cima da mesa não é o lugar que a arquitecta poderá vir a ocupar (o segundo está garantido...), mas sim a resolução de alguns compromissos ainda não saldados da anterior campanha de Roseta à liderança da capital. Ou seja, será tudo uma questão de "generosidade" - chamemos-lhe assim. Do dr. Costa, é claro...

sábado, 11 de julho de 2009

Saramago, Costa e a "universalidade do amor"!

NO MESMO dia e no mesmo jornal (no caso hoje e no "Diário de Notícias"), separadas apenas por 57 páginas, surgem duas notícias. A primeira, a três colunas e encimando a página 15, proclama em título que "Saramago declara apoio a Costa", enquanto a segunda, mais discretamente no canto superior esquerdo de uma página par (62) possui um título, no mínimo, inócuo - "Filme sobre amor de Pilar e Saramago". Mas logo a seguir tem, a corpo 13 ou 14, uma referência bastante curiosa: "Cãmara deu 30 mil euros para documentário sobre a relação do escritor"... Mas verdadeiramente hilariante é a justificação apresentada pelo actual presidente da Câmara de Lisboa para a autarquia apoiar esse filme que, segundo parece, será intitulado como "União Ibérica". Justifica então o imaginativo Costa: "Este é um filme sobre a universalidade do amor". A sério, juro que não estou a gozar! Leiam e vejam lá se não acham que andam a todos a (tentar) gozar connosco?!

A piolheira

EÇA DE Queiroz terá um dia escrito que Portugal não passava de “um sítio e ainda por cima malfrequentado". D. Carlos terá ido mesmo mais longe e parece que, em privado, referia-se
habitualmente ao país em que reinava como “a piolheira”. Em pleno século XXI, lendo e ouvindo as notícias, ainda não percebi se vivo numa tragédia ou numa anedota, que é como quem diz não sei se deva chorar ou rir com as alarvidades com que somos quotidianamente brindados, a maior parte dasvezes por quem, pela projecção mediática que possui, teria o óbvio dever de te alguma vergonha na cara ou, no mínimo, pensar duas vezes antes de abrir a boca... Veja-se por exemplo o caso da dra. Ana Gomes, candidata à presidência da Câmara Municipal de Sintra e que quando confrontada com as novas “regras de jogo” impostas pelo seu líder partidário no fim-de-semana passado e pelas quais, a partir de agora, será incompatível ser simultaneamente candidato a deputado e a uma autarquia, a recém-eleita euro-deputada veio, presurosa e ofegante - “abichado” que está o assento em Bruxelas para os próximos cinco anos... - abanar afirmativamente a cabeça num gesto de inconcebível e degradante vassalagem que, no mínimo, terá causado algumarepulsa junto de quem agora quer servir bajuladoramente e a quem, ainda há três ou quatro meses, desconsiderava de forma ostensiva.
Ou atentemos no sr. José Saramago, sempre lesto a dar opiniões sobre tudo e mais alguma coisasem que ninguém lhe peça e que vá lá saber-se se por receio de ver alguém ultrapassá-lo em número de exemplares vendidos, apressou-se a vir a terreiro comentar uma entrevista de um seu colega que, jeito de desabafo, terá comentado a sua vontade em radicar-se no Brasil. “Por mim até podia ir para Marte!”, lançou desde as paisagens lunares de Tenerife o cada vez mais insuportável Saramago, sempre mostrando ter-se a si próprio em muito boa conta e que ainda não percebeu (coitado...) que o que vai escrevendo ou ditando à D. Pilar já pouco ou nada nos interessa.
Mas as alarvidades não se resumem à política ou às tradicionais invejas que sempre grassaram nonosso meio literário. Leiam-se as declarações de um tal Élio Vicente, biólogo que um jornal diário confrontou há dias acerca do avistamento de um tubarão a menos de 300 metros da praia de Santa Cruz e que não arranjou melhor conselho que dar aos banhistas do que este: “Desfrutem, tirem fotografias e aproveitem porque estão perante um acontecimento raro”. Nada que surpreenda a quem tenha escutado o comandante da capitania de Peniche que, ao mesmo tempo que considerava “um excesso de zelo” o hastear da bandeira encarnada na sequência do surgimento do tubarão que media dois metros e meio, “tranquilizava” os frequentadores das praias daquela região com uma frase que dificilmente esquecerei: “Se for um tubarão sem dentes não haverá perigo”.
Sabem que mais? Recordando o Rei D. Carlos, vão mas é catar-se!

P.S. - A propósito da dra. Ana Gomes, valha-nos porém a verticalidade e a decência de algunsactores da nosso quotiano. Por exemplo de António Fonseca Ferreira, há onze anos à frente daComissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e que sem que legalmente a isso fosse obrigado, renunciou ao cargo para candidatar-se à presidência da Câmara Municipal de Palmela. Feitios, dirão uns... Não! Carácter, digo eu.

in "+Cascais", 10.07.09

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Diferenças...

HÁ UNS anos atrás, Portugal teve a sorte de posssuir uma geração de futebolistas que conseguiam aliar o seu talento e arte a uma maneira discreta e civilizada de estar na vida. Uma geração que teve em Luís Figo o seu expoente máximo, mas em que desportistas como Rui Costa, Fernando Couto, Paulo Bento, Dimas, Paulo Sousa e Vítor Baía, entre outros, pautaram o seu quotidiano por uma conduta praticamente irrepreensível e que lhes valeu o respeito e a admiração de adeptos, treinadores e dirigentes, sentimentos esses que hoje, embora já afastados da prática desportiva, continuam a suscitar. Decididamente foram a “geração de ouro” do nosso futebol, tanto pela sua capacidade enquanto atletas como igualmente pela sua postura enquanto homens e cidadãos.
Muitos deles não tiveram uma infância fácil, sabe-se lá quantas dificuldades passaram e quantossacrifícios fizeram para alcançarem um lugar na vida em que o bom-senso, a inteligência e acapacidade de sofrimento foram fundamentais. Alguns, desde muito novos, ficaram longe da família, em lares de jogadores que nem de perto nem de longe possuiam as condições que, hoje em dia, as “academias” têm; outros passaram as “passas do algarve”, emprestados a equipas de segunda ou terceira linha até conseguirem, pela primeira vez, envergar a camisola do clube em que se formaram; e alguns viram-se obrigados, desde muito novos, distantes dos que lhe eram mais próximos, a lidarem com a fama e com tudo o que de perniciosa esta pode arrastar.
Vem isto naturalmente a propósito daquele que hoje é considerado como “o melhor futebolista do mundo” e que, por mais mirabolantes fintas que possa protagonizar, por “ene” golos que possa marcar ou por outras e inúmeras demonstrações de talento que possa espalhar pelos relvados dessa Europa fora, não consegue chegar nem de perto nem de longe aos calcanhares daqueles o precederam na fama e no estrelato do nosso futebol. Por muito que ele se passeie ao volante de “topos de gama” (será que sabe guiar?); se sente à mesa dos melhores e mais caros restaurantes pelo mundo fora (ainda levará a faca à boca?); se “farde” com as marcas da moda que lhe impigem nas lojas mais caras das capitais europeias (será que já largou a peúga branca?); se hospede nos mais luxuosos hóteis que existam ao cimo da terra (alguém lhe poderá ensinar que não se anda de boné dentro de casa?); ou se pavoneie com apelativas e dispendiosas loiraças (atenção que a flute de champanhe às vezes é de sumol...), que quem possui da vida a experiência que os anos transmitem percebe que, não tendo ele de facto passado ao lado de uma grande carreira como futebolista, decididamente já passou ao lado de uma vida que infelizmente não será um exemplo (bem antes pelo contrário...) para ninguém.
Sejamos claros: a imagem que o jovem madeirense e aquela inenarrável “trupe” que o segue a todas as partes transmite é grosseira, perniciosa e incómoda. E o “rasto” que provoca, a impressão que fica é tudo menos recomendável para os muitos milhares de jovens que o têem como um ídolo. E quem, com parangonas a divulga a sete-ventos na ânsia de vender mais uns milhares de exemplares ou conquistar mais uns quantos pontos de “share” televisivo é cúmplice nesta autêntica e descabida vergonha e ópera-bufa que se transformou o dia-a-dia desta “estrela” pífia e sem rumo.
A diferença entre, por exemplo, um Luís Figo e esta figurinha é a diferença entre um senhor e umgaroto. E a verdade é que, goste-se ou não das artes futebolísticas do jovem Aveiro, ele não passa deum garoto. Irresponsável, deslumbrado e na periclitante fronteira entre o sucesso e o abismo, ou como quem diz entre ser estrela no Santiago Bernabéu ou andar às moedas em Câmara de Lobos - com tudo o que isso implica...

in "+Cascais", 3.07.2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Ministro ou "sobrero"?


ALGUÉM PODE esclarecer o Dr. Manuel Pinho que para ser lidado é essencial possuir porte, peso e "cornadura" com dimensão e amplitude? Eu bem sei que a "mista" de hoje no Campo Pequeno promete, quanto mais não seja pela presença de Morante de la Puebla e que há quem faça tudo para arranjar um lugarzinho. Quanto mais não seja de "sobrero"...

Foto: Público