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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

BPP ou um estranho afã...

SE CALHAR estou a dizer uma grande asneira, mas mete-me alguma confusão este afã institucional em "salvar" um banco de investimentos, repito, de investimentos. Percebo, entendo, compreendo que o Estado tenha que intervir num banco como o BPN, onde existem agências, balcões, depositantes, no fundo o que vulgarmente se denomina como "retalho" - acho mesmo que é um dever de quem nos governa. Agora esta pressa em encontrar a todo o custo uma solução para o Banco Privado Português que mais não é que um puro banco de investimento onde se gerem as chamadas "grandes fortunas", é algo que me custa perceber. Pode ser que a curto-prazo uma hipotética absorção do BPP pelo denominado "banco do regime" me ajude a compreender este caso...

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

No mínimo extraordinário!

NA RECENTE entrevista concedida ao "DN", José Sócrates afirmou: "Sou, digamos assim, da geração Kennedy. Essa eleição representou já um momento histórico. Lembro-me do debate que houve na América quando, pela primeira vez, um católico se candidatou a presidente. O próprio Kennedy teve de vincar bem que nunca receberia ordens do Papa enquanto presidente dos EUA. Lembro-me bem do que isso significou".
No mínimo extraordinário, sabendo que José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa nasceu no dia 6 de Setembro de 1957 e que John F. Kennedy foi eleito presidente dos EUA em Novembro de 1960 - ou seja quando o actual primeiro-ministro contava apenas três anos de idade...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Com a devida e merecida vénia...

UM AMIGO chamou-me a atenção para o blogue "Pensamento Itinerante" e para a qualidade dos textos da sua autora, Maria Manuel Guerreiro. Visitei-o hoje pela primeira vez e com a devida e mais do que merecida vénia, não resisto a transcrever o seu último "post" intitulado "Não há imprensa livre sem imprensa de rigor". Aqui fica, sem comentários, até porque a inteligência e a sagacidade não são sequer comentáveis...
"Há muito que vimos assistindo à eCor do textongorda do corpo de influência que os órgãos de comunicação social têm em geral na formação das convicções individuais. Hoje em dia alguns órgãos de comunicação social (mais do que seriam de esperar) não se limitam a dar notícias com base nos factos apurados. Não senhor. Vão mais além. Transbordam, recriando e adulterando sensacionalistamente a visão expositiva dos factos. Extravasam por vezes a criatividade decorosa e fabricam verdades editoriais.
Cada vez mais, o que aparece escrito numa página de jornal ou historiado numa peça televisiva tende a ganhar num ápice contornos de certeza suprema e irrefutável para grande parcela de leitores ou telespectadores. E, normalmente, talvez por uma questão de cultura nacional com forte tradição tauromáquica, quanto maior é a ‘tourada’ anunciada no título e quanto mais sangue provocar o seu conteúdo mais efectiva se torna a notícia não havendo desmentido posterior, choro, missas, sentenças ou velas que a possam refutar. Actualmente há ‘lápis’ de jornalistas que possuem magia negra suficiente não só para petrificar a convicção de alguns leitores como também, em certos casos, moldá-la.Por modo próprio de pensar e ver o mundo sou em regra muito inversa a atitudes de queixume, onde se incluem por inerência quaisquer lamúrias sobre o tratamento dado às notícias. Mas pontualmente não posso deixar de observar a deslealdade de alguns para com a profissão que exercem e que até exige uma carteira profissional. A noção de técnica aliada a normas éticas e deontológicas; a precisão e a qualidade ficam por vezes (em multiplicação) do lado de fora da prática jornalística. Um exemplo desses casos e onde pontualmente me detenho suspensa face ao ângulo informativo é, hoje, respeitante a um título de primeira página no Diário de Notícias que dita assim: "Santana e Carmona investigados por novas suspeitas de corrupção”
. Quando li esta parangona pensei blitz que o DN se havia transfigurado horripilantemente no 24 horas. Depois li a notícia e conclui que afinal era mesmo o Diário de Notícias que, não estando endiabradamente possuído pelo ‘vinte e quatro’, apenas se havia superado negativamente na forma e substância do título, na contextualização integrada dos factos e na imagens utilizadas para ilustração do 'caso', bem como nas suas dimensões. Como designar uma certa prática jornalística que não pretende unicamente informar mas igualmente construir ardis? - Não é que só me ocorrem substantivos malíssimos?!
Por fim; também me aborrece o facto de me sentir roubada depois de ler um jornal que por acaso até compro sem ser coagida a tal. Por exemplo, o prejuízo de hoje ascende a um euro e vinte, mais o tempo despendido na leitura. Por este motivo, a fim de me poupar futuramente mais prejuízos, bem como a todos aqueles que pensam em semelhança, gostaria de solicitar a alguns ‘senhores e senhoras’ jornalistas, directores e directores adjuntos de certos meios de comunicação que não nos fizessem perder tempo e dinheiro com notícias trabalhadas sob ângulos que por natureza deveriam estar fora de linhas editoriais supostamente de referência. Pode ser? É que é muito abusivo desbaratar a honra alheia. Retira qualidade à democracia
."

Coincidências que dão que pensar...

SABEMOS QUE vivemos num país pequeno, que muitas vezes parece uma aldeia, mas convenhamos que há coincidências que, por muito coincidências que possam ser, não deixam de ser estranhas e "obrigam-nos" a pensar... Um exemplo? O facto de quem liderou a comissão de inquérito que investigou (e ilibou) Oliveira Costa relativamente aos "perdões fiscais" concedidos enquanto secretário de Estado ser exactamente a mesma pessoa que anos mais tarde veio a presidir ao Conselho Superior do BPN. Quem? Rui Machete.Vale o que vale, mas dá que pensar. Ou não?

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A canalhice em letra de imprensa

ANTES DE mais e para que não restem dúvidas (se é que alguém as possa ter...) fica aqui bem claro que sou amigo, admirador e companheiro de muitas batalhas de Pedro Santana Lopes. Diga-se de passagem que há muitos e bons anos e cada dia mais com redobrado gosto e orgulho.
Mas - acreditem! - esses factos (ou no caso, sentimentos) não me impedem de classificar a manchete e respectiva notícia da edição de hoje do "Diário de Notícias" e em que, de forma abusiva e totalmente disparatada como, mais uma vez, o nome de Santana Lopes é envolvido em actos a que as próprias datas enunciadas no texto o colocam à margem, como o exemplo acabado do que é "má-fé" e total ausência de rigor jornalístico. E de como um estranho e acanalhado auto-intitulado "jornalismo de referência" se coloca descaradamente ao serviço venerando e submisso de quem, em tempos, lhes estendeu a mão, facilitando aquisições, vendas, permutas, no fundo as estranhas e confusas "negociatas" que ainda hoje permanecem confusas e, aparentemente, sem que ninguém tenha muita vontade em esclarecer...

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Comparar não ofende?

COMO AINDA vou tendo boa-memória, não posso deixar de compara a lestidão e a forma inopinada com que, no final dos anos 80, Vítor Constâncio convocou a imprensa ao Largo do Rato e se apressou a demitir da liderança do PSCor do texto(com umas famosas "indirectas" ao dr. Soares) e a forma como persiste em "agarrar-se" ao lugar de governador do Banco de Portugal, mau-grado a forma visivelmente incompetente (será mesmo só incompetência?) com tem lidado com os recentes "dossiers" relativos ao BCP e ao BPN. Comparar não ofende, pois não?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Um "feeling" ou mais do que isso?

NÃO PASSA de um feeling, mas não me espantaria que nos próximos tempos assistamos a um "reordenamento" do sistema bancário nacional, com a Caixa Geral de Depósitos a "fundir-se" com o BCP/Millennium e o BES a "absorver" o debilitado BPI. E tudo com o "alto patrocínio" governamental que - honra lhes seja feita! - a pouco e pouco vai estendendo os seus tentáculos ...

domingo, 2 de novembro de 2008

Patético, triste e desajustado!

NO MÍNIMO patética a forma como, ao jeito de um caixeiro viajante de meia-tijela, José Sócrates resolveu "vender" o computador portátil "Magalhães" em plena sessão de chefes de Estado e de governo da Cimeira Ibero-Americana, empunhando-o e comportando-se mais como um vendedor da fábrica JP Sá Couto do que propriamente como primeiro-ministro. Isto já para não falar do seu inusitado "ataque de esquerdismo" nas violentas críticas ao Fundo Monetário Internacional - no mínimo desajustadas e só justificáveis por algum secreto desejo de agradar a algum dos presentes, talvez no afã de conseguir fazer mais algum negóciozito que alivie o deficit das contas públicas...

Tem graça e não ofende... (ou será que sim?!)

PORQUE RAZÃO é que há quem, nas últimas semanas, tenha passado a alcunhar a SIC Notícias como "o canal do mano"?

Coincidências ou mais do que isso?

O INUSITADO destaque noticioso que nas últimas semanas foi dado ao desaparecimento de um computador portátil e a um incidente com um grupo de estivadores a propósito da ampliação do terminal de contentores de Alcântara, ambos envolvendo um comentador televisivo, fará parte de alguma estratégia comunicacional com vista a uma eventual candidatura autárquica do indivíduo em questão?

Tão incomodados (e assustados...) que "eles" andam!


A PREVISÍVEL CANDIDATURA de Pedro Santana Lopes à Câmara Municipal de Lisboa anda a incomodar (ou será assustar?) muito boa gente. No seio dos socialistas, os mais fiéis ao putativo rival de Sócrates andam, de lupa em punho, numa autêntica lufa-lufa a esmiuçar a papelada de há uns anos atrás tentando encontrar um "deslize" por pequeno que seja de Santana Lopes enquanto autarca da capital. Mas andam com azar, coitados... E de tanto procurarem, ainda acabam por encontrar uma das muitas "trapalhadas" ( e que "trapalhadas"...) que caracterizaram os "consulados" socialistas de antanho, ou outros gastos à "tripa-forra" como os que recentemente levaram que fossem constituídos arguidos os membros de um conselho de administração de uma empresa municipal nomeada por esse grande vulto da ética política que responde pelo nome de Dra. Avillez Nogueira Pinto.
Mas não é só aos seguidores de Costa que este previsível regresso de Santana à praça do Município anda a tirar o sono. No PSD há um pequeno grupo de auto-intitulados "notáveis", "barões" ou "baronetes" que a todo o custo tentam evitar o contributo que Santana Lopes logicamente dará à dinâmica do PSD no decurso das próximas autárquicas. Talvez temerosos que alguns negócios já em curso venham "por água abaixo" recorrem a tudo e mais alguma coisa para tentar condicionar Manuela Ferreira Leite e a sua decisão quanto à autarquia lisboeta. Então, este fim-de-semana foi demais, com aquela manipulação grosseira e bacoca de uma sondagem que nem o próprio "Expresso" (que a encomendou) teve a coragem de analisá-la em mais de umas míseras 22 linhas escondidas numa página par (a 10) e em que o "Diário de Notícias" consegue extrair a "rebuscada" (para não lhe chamar outra coisa, pela estima pessoal que me merece o autor da peça jornalística em causa...) conclusão que Passos Coelho estaria mais bem colocado que Santana Lopes para liderar uma candidatura do PSD à Câmara de Lisboa, omitindo e baralhando os números de uma sondagem.
E que curiosa, a destreza e lestidão com que esse "paradigma do lugar-comum" que dá pelo nome de Passos Coelho "montou" a mal-amanhada notícia, desdobrando-se - ele e os seus mentores - em "off's" e "on's" pretensamente reactivos e que só demonstram quem e porquê levou a cabo esta manhosa e manipulação. Disfarçam mesmo mal o incómodo que este provável regresso de Santana Lopes lhes provoca...